Pesquisas revelam que crianças e adolescentes filhos de mães com sobrepeso têm 3,8 vezes mais chance de desenvolver a obesidade. Quando ambos os pais estão acima do peso, essa probabilidade é seis vezes maior. Os estudos também apontam que adolescentes com mães ou ambos os pais envolvidos em atividades esportivas apresentaram maior predisposição a prática de esportes.
Para o especialista, a relação da obesidade está diretamente relacionada ao comportamento dos pais. “Percebemos que pais obesos, na maioria das vezes, têm filhos obesos. Não tem como essas crianças viverem num ambiente propenso à obesidade sem serem influenciadas”.
A obesidade infantil é um problema que preocupa as autoridades e profissionais de saúde do país. Segundo a Sociedade de Pediatria de São Paulo, 10% das crianças brasileiras estão obesas. Esse índice aumentou 5 vezes nos últimos 20 anos. “O cenário é preocupante. A prevalência de obesidade infantil vem aumentando de tal forma no Brasil que estamos seguindo o caminho dos EUA, o país mais obeso do mundo”, lamenta o pesquisador.
Os fatores que provocam a obesidade infantil são conhecidos. Dentre eles, segundo Casonatto, os piores são o sedentarismo e a má alimentação. “A falta da prática de atividades físicas tem um impacto muito grande nas crianças. Elas estão menos ativas, consomem mais energia e gastam menos. Por isso engordam”, explica o pesquisador. Ele afirma que as crianças de hoje estão mais preguiçosas também. “Elas passam horas sentadas na frente da tevê ou do computador, querem fazer tudo de carro, caminham muito pouco e usam controle remoto para tudo”.
Para o pesquisador, a solução precisa vir dos pais e da escola por meio da conscientização. “Uma boa nutrição é fundamental e as crianças precisam ser motivadas para a prática da atividade física”. lembrando que pais que percebem que os filhos estão com excesso de peso devem procurar ajuda e tratamento.
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