quinta-feira, 29 de setembro de 2011

intimidade pós parto dicas






Tornar-se mãe e pai não é fácil, principalmente do primeiro filho. Os papéis materno e paterno são mitificados em nossa sociedade, vistos de formas muito exigentes: os pais e mães têm que ser perfeitos, exemplares. Conciliar estes papéis tão exigidos com os demais papéis na vida não é fácil..
Entre os papéis mais importantes está o conjugal. Pode acontecer que o casal, tão empenhado em construir os papéis paterno e materno, deixe meio de lado o papel conjugal. O que não deveria acontecer, pois o melhor presente  para um filho é são pais unidos e felizes.
Infelizmente, vemos que são altas as taxas de separação de casais após o nascimento do primeiro filho.
Nos grupos em que atendo casais grávidos verifico que tanto a mulher quanto o homem têm suas preocupações sobre se darão conta das responsabilidades desta nova etapa. Frequentemente, revêem suas relações com seus próprios pais, pensando o que gostariam de imitar e o que gostariam de fazer diferente. Só que muitas vezes, cada um fica com suas preocupações caladas, pensando que compartilhá-las com o companheiro pode deixá-lo preocupado. Principalmente, os homens evitam falar de suas preocupações julgando que vão deixar a gestante tensa e que será ruim para ela. E aí cada um vai ficando no seu silêncio, sem partilhar sentimentos e inseguranças que são importantes.  A mulher tende a se ocupar de coisas práticas, como o enxoval e compras para o quarto do bebê.  E o homem tende a se esforçar mais no trabalho para dar conta de ser um bom pai provedor.
Mas, podem crer, as preocupações dos dois são muitas vezes semelhantes e dividi-las só vai unir mais o casal, além de poderem juntos pensar se as preocupações são apenas fantasmas ou se há motivos reais para elas e quais as possíveis soluções. Se o pai do bebê puder participar das consultas pré-natais, dos exames de ultrassonografia ou de qualquer outro exame que seja necessário será muito bom. Isto o aproximará mais do bebê e também da mulher que se sentirá acompanhada.
A vida sexual do casal pode ou não ser afetada pela gestação: é normal tanto o aumento quanto a diminuição do desejo sexual, seja pelo homem, seja pela mulher. Às vezes, a baixa da libido pode ser pelo medo infundado de que a relação sexual possa incomodar o bebê.  Mas, se a gestação não tem nenhum problema e o pré-natalista não recomendou a interrupção da atividade sexual, não há o que temer.  Falar com franqueza também sobre o desejo ou a falta dele ajuda a aproximar o casal, que deve se lembrar também de que vida sexual não se limita a penetração pênis-vagina, mas inclui carinhos, aconchego, afeto. E que gravidez e pós-parto passam.
Assim, a gravidez deve ser um momento de muito diálogo e partilha entre o casal, inclusive sobre como vai ser o pós-parto que não é um momento fácil, visto que há um cuidado com o bebê que só a mulher pode fazer, que é amamentar.  Mas, também nisso o pai pode estar presente, oferecendo um copo d’água (amamentar dá muita sede), colocando o bebê para arrotar, sempre que lhe for possível. É claro que a mulher tem uma licença maternidade muito maior do que a licença do pai que tem apenas uns poucos dias. Mas, sempre que for possível a participação do pai unirá o casal.
E será bom também que o casal possa deixar, de vez em quando, o bebê com a vovó, a madrinha, uma babá de confiança e tire alguns minutos para irem à esquina tomar um sorvete juntos e conversarem um pouco para não perderem esta relação tão importante que é a relação marido-mulher.

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