terça-feira, 8 de novembro de 2011

visao e audição dos bebes


Observar como esses dois sentidos se desevolvem, nos primeiros seis meses de vida da criança, é fundamental

Superempolgada com os avanços do bebê nos primeiros meses, nem sempre a mãe se liga em acompanhar também o aperfeiçoamento da visão e o desempenho da audição. Esses dois sentidos são fundamentais para o progresso da criança. É por eles que o pequeno recebe os estímulos que vão permitir que ele se expresse e se relacione com o ambiente ao redor.

Nas primeiras semanas, a visão do recém-nascido ainda é pouco nítida. Ele percebe padrões (como listras) e contrastes (como preto e branco), mas não distingue cores nem formas. Além disso, os olhos não captam imagens que estejam a mais de 30 ou 40 centímetros de distância. “A visão é um dos sentidos que mais se desenvolvem nos primeiros meses, quando há o amadurecimento acelerado das conexões entre as células dos olhos e a parte do cérebro responsável por traduzir em imagens as informações captadas. Só por volta do sexto mês que a visão tridimensional está pronta”.

A visão do recém nascido é ainda pouco nítida. Ele consegue perceber padrões, como listras, e contrastes, como preto e branco, mas não distingue cores nem formas - Célia Nakanami. A audição funciona plenamente desde o nascimento. “O bebê escuta como adulto. A diferença é que, com o passar dos meses, aprende a identificar a origem dos sons e a relacioná-los com as situações”.
Falar de pertinho com o bebê é uma excelente maneira de estimular tanto a visão quanto a audição do pequeno. Aproveite para conversar com ele, em tom suave, enquanto troca a fralda ou amamenta.

Ainda na maternidade
O sucesso dessas aquisições, porém, depende de cuidados que devem começar na maternidade, como os testes do olhinho e da orelhinha. Gratuitos em quase todas as maternidades públicas e privadas, eles são simples e investigam o risco de doenças congênitas que possam ameaçar o desenvolvimento da visão e da audição.

Caso alguma anormalidade seja detectada, o neonatologista orienta os pais a procurar um especialista. Afinal, quanto mais precocemente o problema for diagnosticado e tratado, maiores as chances de minimizar as perdas. “Quando há um quadro de catarata, por exemplo, é possível fazer uma cirurgia de substituição do cristalino antes do terceiro mês, para que o bebê não sofra interferência no desenvolvimento visual”, diz Célia. No caso de problemas com a audição, a correção pode ser feita com o uso de um aparelho auditivo. “Assim, garantimos que o processo de aquisição da fala e da linguagem aconteça sem prejuízos”


Estimular é essencial
Se está tudo em ordem com a visão e a audição do seu pequeno, basta proporcionar os estímulos certos para que esses sentidos se aprimorem. Ficar bem perto do bebê ao falar com ele, oferecer brinquedos de cores fortes e contrastantes e pendurar móbiles no berço são maneiras de ajudá-lo a treinar os recursos visuais. Após os 3 meses, incentive seu filho a explorar, com o olhar, diferentes ambientes, dentro e fora de casa. Brincar de esconder o rosto e mudar lentamente um objeto de lugar, de modo que a criança acompanhe sua trajetória, são outros bons estímulos visuais. Já para garantir uma audição apurada, converse bastante com seu bebê, cante para ele, conte histórias e deixe-o escutar músicas de estilos variados, incluindo as instrumentais.

Saiba que o investimento nesses primeiros meses se transforma em progressos futuros. “A criança que enxerga bem se concentra nas brincadeiras e explora melhor o ambiente”, afirma Célia. Uma boa audição, por sua vez, favorece o desenvolvimento da linguagem e, consequentemente, da socialização. “Acredita-se que, até o oitavo mês, o bebê já aprendeu todos os sons básicos da sua língua nativa, o que é fundamental para que, logo, ele também esteja apto a reproduzi-los”.
Sinais que exigem atenção
Alguns sinais do bebê merecem uma consulta ao pediatra, pois podem indicar problemas de visão ou de audição. Conheça os indícios mais preocupantes.

• Indiferença diante de ruídos fortes. Desde as primeiras semanas, a criança acorda, chora ou pisca os olhos para expressar seu incômodo quando o barulho é excessivo.
• Incapacidade de fixar o olhar no rosto da mãe ou em um objeto colocado bem próximo após a quinta semana de vida e também, por volta do segundo mês, a falta de coordenação entre os dois olhos.
• Globo ocular aumentado, falta de brilho ou mudança na cor dos olhos, pupilas esbranquiçadas e lacrimejamento.
• Desinteresse em buscar sons e vozes movendo a cabeça e o olhar para as laterais entre o terceiro e o sexto mês.
• Ausência de vocalizações e sons rudimentares (como “bá-bá-bá” e “bu-bubu”) a partir do final do sexto mês.
50 decibéis de som bastam para acordar um recém-nascido. Esse é o ruído gerado por uma música suave ou uma conversa animada

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